O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio
Piranga – CBH PIRANGA- receberá a partir do dia 07/01, inscrições para a
eleição de novos membros, com mandato 2013-2017. O prazo para o cadastramento
vai até 15 de fevereiro de 2013.
Podem
participar os usuários de água, como indústria, mineração, empresa de abastecimento
e saneamento, além de organizações não governamentais que atuam na área de
recursos hídricos, associações regionais, entidades de classe, instituições de
ensino e pesquisa e representantes dos poderes públicos estadual e municipal.
No total são 72 vagas, entre titulares e
suplentes, sendo 18 para os representantes do poder público estadual, 18 para os representantes dos poderes públicos municipais, 18 vagas para os
usuários de recursos hídricos e 18 vagas
para as entidades da sociedade civil.
As inscrições podem ser realizadas via
correio ou pessoalmente nos endereços:
CBH Piranga(sede da AMAPI) - Rua Jaime Pereira, 127 – Bairro Progresso – Ponte Nova/MG – CEP 35.430-186, e Instituto Mineiro de Gestão das Águas - Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, Prédio Minas, 1º andar, Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n, Bairro Serra Verde, Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP- 31.630-900.
Outras
informações:
Tel: 31 3881-3408
O QUE É CBH E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?
O Comitê de Bacias Hidrográficas é um órgão
colegiado, inteiramente novo na realidade institucional brasileira, contando
com a participação dos usuários, da sociedade civil organizada, de
representantes de governos municipais, estaduais e federal. Esse ente é destinado
a atuar como “parlamento das águas”, posto que é o fórum de decisão no âmbito
de cada bacia hidrográfica.
Os Comitês de Bacias Hidrográficas têm, entre
outras, as atribuições de: promover o debate das questões relacionadas aos
recursos hídricos da bacia; articular a atuação das entidades que trabalham com
este tema; arbitrar, em primeira instância, os conflitos relacionados a
recursos hídricos; aprovar e acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos
da Bacia; estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e
sugerir os valores a serem cobrados; estabelecer critérios e promover o rateio
de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.
Os Comitês de Bacia Hidrográfica têm como
objetivo a gestão participativa e descentralizada dos recursos hídricos em um
território, por meio da implementação dos instrumentos técnicos de gestão, da
negociação de conflitos e da promoção dos usos múltiplos da água.
Os Comitês devem respeitar a dominialidade
das águas, integrar as ações de todos os Governos, seja no âmbito dos
Municípios, dos Estados ou da União, propiciar o respeito aos diversos
ecossistemas naturais, promover a conservação e recuperação dos corpos d'água e
garantir a utilização racional e sustentável dos recursos hídricos.
Dentre suas principais competências destacam-se:
Arbitrar
os conflitos relacionados aos recursos hídricos naquela bacia hidrográfica;
Aprovar os Planos de Recursos Hídricos;
Acompanhar
a execução do Plano e sugerir as providências necessárias para o cumprimento
de suas metas;
Estabelecer os mecanismos de cobrança pelo
uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados;
Definir os investimentos a serem
implementados com a aplicação dos recursos da cobrança;
COMITÊ
DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRANGA
BREVE
RELATO HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DO CBH-PIRANGA
Os primeiros trabalhos com interesse na
recuperação e mobilização da sociedade
quanto aos problemas relacionados a Recursos Hídricos na região iniciaram
em 1992, após a 1ª Descida Ecológica do Rio Doce. Nesta época, houve algumas
reuniões em Ponte Nova, com o apoio do movimento Pró- Rio Doce.
Mas pela falta de incentivo das lideranças locais não se deu continuidade aos
trabalhos e por um bom tempo aconteceram movimentos ecológicos de grande
importância para a bacia, mas não concluindo o processo de
formação de Comitês de Bacias na região.
Após a realização de diversas reuniões, em
diferentes municípios, percebeu-se grande semelhança nos problemas ligados às
questões hídricas dessa microrregião. Seguindo os preceitos da lei federal
9.433/97 e estadual 13.199/99 que trata da questão da gestão dos recursos
hídricos, notou-se a necessidade da criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Piranga.
O Comitê foi formado com a metodologia do
IGAM-Instituto Mineiro de Gestão
das Águas- e com a participação de diversos segmentos representativos da
sociedade, pois acreditamos que somente desta maneira podemos deliberar
atuações que permitam o desenvolvimento regional dentro de um modelo
sustentável, garantindo a preservação dos nossos recursos hídricos, que será de
vital importância para as futuras gerações.
PRINCIPAIS
PROBLEMAS DA BACIA DO RIO PIRANGA
Poluição do Rio Piranga
Redução
da recarga do lençol freático
Problemas
de drenagem das estradas rurais
Extrativismo
ambiental (desmatamento, carvão, pedra e areia)
Uso
inadequado dos recursos naturais (matas, pastagens, solo, nascente, córregos)
Falta
de fiscalização educativa e comprometimento dos órgãos competentes
População
desmobilizada e sem consciência dos problemas ambientais
Produtor
desestimulado pela falta de retorno da atividade agrícola
PARA
CONCLUIR...
SÃO AÇÕES
NECESSÁRIAS:
Educação
ambiental e sanitária;
Divulgação
das leis e formação de consciência ambiental;
Criação
de comissões locais de proteção ambiental vigente;
Utilizar
a terra respeitando a sua capacidade de uso;
Adotar
práticas corretas de cultivo;
Utilizar
corretamente fertilizantes químicos e agrotóxicos;
Controlar
o escoamento superficial e os processos erosivos;
Controlar
as fontes de poluição;
Implantar
medidas de saneamento básico;
Aproveitar
integralmente resíduos animais e vegetais na forma de adubo ou de material para
recuperação de estrutura do solo;
Adequar
as estradas às necessidades de proteção ambiental;
Impedir
queimadas ou promovê-las de forma controlada;
Envolver,
de forma participativa e consciente, a população local de soluções que garantam
a auto-sustentabilidade das ações e dos projetos;
Regularização
da vazão dos recursos d’água;
Melhoria
da qualidade da água dos mananciais;
Recomposição
de floresta em áreas essenciais e recuperação das áreas degradadas;
Qualidade
de vida X Desenvolvimento sustentável.
Fonte:
Tânia Duarte- Diretora do SAAE/Raul Soares e Vice Presidente da Associação Nacional
dos Serviços Municipais de Saneamento -ASSEMAE-
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