Nossa Senhora Aparecida, mesmo antes da concepção de seu filho Jesus já havia se manifestado entre nós, fazendo-se ponte entre o Pai Celeste e nós filhos teus; e após a morte e ressurreição de Jesus continuou, sob diversas formas “Aparecendo” segundo a nossa fé cristã, e necessidade de cada povo, com diversos nomes, porém, com a mesma infinita misericórdia e proteção de Mãe.
E assim aconteceu aqui, em pleno Brasil Colonial onde a escravidão era cruel e desumana atingindo não só os negros, mas todos os pobres e desvalidos. Naquele tempo a fome e o terrorismo eram constantes e a religião era usada para “adestrar” e ameaçar.
E foi neste “clima” que Nossa Senhora surgiu: como um sinal espiritual, uma força superior, uma resposta aos gritos de um povo para salvar e proteger. Veio na hora exata, com brilhos celestes e na forma bem brasileira de ser. “Apareceu” com os traços miscigenados de nossa gente, com a cor predominante do nosso povo afro-brasileiro e tornou a Fé um sentimento concreto. A partir deste dia a fragilidade da comunidade católica diante dos poderosos principalmente os mais humildes e ignorantes, até então transparente, ganhou força, e nos tornamos um povo com referências maternas.
A rede, os peixes, a imagem “pescada”, a multiplicação dos peixes, reforçam a fé católica do povo brasileiro construindo um elo de fé e devoção, que desde a sua primeira aparição vem transformando vidas e operando milagres.
E hoje, quase trezentos anos após, é através da Nossa Senhora Aparecida que o povo brasileiro tem referencial de fé, proteção divina e intercessão com o Pai e o Filho; tornando-se, em um país tão patriarcal como o nosso A PADROEIRA DO BRASIL.
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